O PROFESSOR
Olá professores! Depois daquela curva perceberão gemidos um cemitério cheio de projetos interrompidos. Desculpem-me estou meio zonzo, acordei às seis horas da manhã assim meio com vontade de vomitar.
Todo dia bem cedinho antes de ir para o centro educacional eu tomo um coquetel à base de cogumelo, rivotril, diazepam e gardenal que me foram prescritos por aquele médico aloprado que trabalha no hospital. Mas eu queria lhes falar de devaneios! Na noite passada sonhei com o pesadelo da burguesia. Que a burguesia desesperada tropeçava e caia nas garras dos monstros de sua própria autoria. Ah! Os sonhos voam livres pelos campos da fantasia. Mas eu sou a transmutação de alguma engrenagem do sistema que asfixia, sou a luz que clareia a discrepância, uma pedra no caminho da intolerância. Nessa terra de ignorantes que troca vidas por diamantes eu sou uma coisa transvalorada e sem valor, eu sou um professor!
Ton Poesia
Enviado por Ton Poesia em 19/01/2016
Alterado em 19/01/2016 |