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A REVORTA DOS MACACO
Só nos trouxe desvantage
Essa ta de descendênça. Pois pru mode essas bobage, Houve tanta desavença, Que de argum tempo pra cá Bicho nenhum quer mais dá A macaco muita crença... No entanto vocês se engana Pió mentira não há. Coquero não dá banana (cada coisa em seu lugá) Nem bananera dá coco Nóis, os macaco tampouco Vai outro bicho gerá E nenhum de nóis aceita Na famia essa braiada. Nossas macaca é direita Muito honesta e respeitada É por isso que eu duvido Que os homi tenha nascido No meio da macacada Se os homi tivesse em fim descendência de macaco, num havia gente ruim e nem sujeito veiaco. Vivia sem ter trabaio Drumindo no memo gaio Comendo no memo caco Repare se argum macaco bebe cachaça pru viço. Se cheira cocaina.. Ou desejando sumiço, ele memo se matasse. Mas os homi quando nasce Já tem tendença pra isso Veja bem se argum de nois somente por ambição Guardando rancor feroz mata seu prório irmã. Que ele seja forte ou fraco macaco contra macaco nunca fez revolução Animá nenhum da terra Tem esse instinto do homi de vivê fazendo guerra Matando os outro de fomi. Entre nóis há união. Sem haver exproração quando um comi os outro comi Se um macaco tá doente, cura seu má com resina. Mas os homi é deferente. Faz primeiro uma chacina em tudo quanto é macaco e dele fazer vacina Também as nossa macaca Num dexa os fio cum fomi nem arruma a sua maca e pelo mundo se somi atrás de outro chimpanzé Cumo faz essas muié fugindo com os outro homi As nossas macaca véve Cuidando só da famia. Nenhuma deles se atreve ir de noite pras folia deixando em casa seus fio bandonado, com frio pra vortá no outro dia Porém, nada disso importa E pra falá francamente Nóis enfim só não suporta a mentira dessa gente que pra manchá nosso nome, quer pru força que esses homi seja nossos descendente. Pompílio Diniz nasceu em Diamante, antiga Cidade de São Paulo, na Paraíba, em 9 de julho de 1927. Trabalhou como Procurador Jurídico da Assembleia Legislativa de Goiânia e foi sócio da União Brasileira de Escritores. TRASTE RUIM Tem gente no mundo assim Só vê mardade e injustiça Ninguém presta, tudo é ruim Cum todo mundo ele inguiça E faiz logo sururú É taliquá o urubú Qui só fareja carniça No chiquêro da mintira Joga lama em quarqué nome É como o porco que vira A gamela aonde come Uma ração farta e boa Pru riba até da pessoa Qui vem matá sua fome Seu coração é um pote Aonde se ajunta a peçonha Da cobra que dá o bote Naquele fúria medonha Dispois se esconde e se enrosca Cuma quem sintiu a cósca Do remorso e da vergonha Só véve má sastifeito E a todo mundo detesta Só ele num tem defeito Só ele é pessoa honesta E esse irmão de Caim É cuma um pau de cupim Que nem pru fogo num presta Pois gente assim tem o dão E a pretensão miseráve De num gostá do qui é bão Ou do qui seja agradáve É Cuma uma ave agorenta Que onde abre o bico afujenta Toda alegria das ave… Só fala em morte e em duença E noutras coisa pió Sua alma é cumu uma dispensa Qui só tem muafo e pó Vê tudo preto e vermeio E traiz nos zóio os ispeio Do mais triste por do só… POMPILIO DINIZ
Pompilio Diniz
Enviado por Ton Poesia em 17/05/2025
Alterado em 02/06/2025 Comentários
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